segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

PLÁSTICO VERDE?!

A restrição ao uso de sacolas pláticas impôs uma nova forma de consumir: ou paga-se pelas sacolas (como já está acontecendo em muitos supermercados de São Paulo), ou usa-se outras alternativas como as caixas de papelão, sacolas ecológicas e as sacolas biodegradáveis.

Mas no meio de tantas opções ainda não está claro para muitos o que de fato são essas tais sacolas biodegradáveis. Não é plástico também? Então qual a diferença?

Bom, atualmente quando vamos ao mercado, por exemplo, encontramos 3 tipos de sacolas de plásticas: feitas de plástico verde, plástico oxibiodegradável e biodegradável ou compostável. E qual a melhor ou como saber qual a melhor ou menos prejudicial ao meio?

O PLÁSTICO VERDE é um tipo de plástico, fabricado pela Braskem, feito a partir da cana-de-açúcar e não do petróleo. Uma vantagem é o fato de a cana-de-açúcar ser matéria-prima renovável, diferente do petróleo. Outra vantagem é que o processo de fabricação desse plástico é menos poluente do que a produção do plástico comum. Porém, ele não é um plástico biodegradável, ou seja, ele não se decompõe e, da mesma forma como o plástico comum, polui o meio ambiente do mesmo jeito, além de ser um pouco mais caro também.

O PLÁSTICO OXIBIODEGRADÁVEL possui um elemento, na sua constituição, que acelera o processo de degradação e pode se decompor de 18 a 24 meses (o plástico comum pode levar mais de 100 anos para se decompor). Mas ainda não existe um consenso por parte da ciência de que essa decomposição ocorra nesse tempo. Um dificultador é que esse tipo de plástico não pode passar pela reciclagem mecânica, método mais utilizado no Brasil além de também ser mais caro que o plástico comum.

O PLÁSTICO BIODEGRADÁVEL (COMPOSTÁVEL) são plásticos produzidos a partir do milho. Os fabricantes afirmam que a decomposição ocorre em cerca de 6 meses porém, para que esse processo aconteça, é preciso que esse material seja encaminhado para usinas de compostagem que, infelizmente, não são comuns no Brasil. O Brasil encaminha a grande parte do lixo produzido pela população para aterros sanitários cujo ambiente não é favorável para a biodegradação das sacolas feitas a partir desse tipo de plástico, que também é mais caro que o plástico comum.

Diferenciados os tipos a que conclusão nós chegamos? Ou não chegamos a nenhuma conclusão?
Eu ainda acho que a melhor opção para uso (menos prejudicial para o meio ambiente) é a utilização de nenhum desses e tipos e sim o uso das sacolas ecológicas. É claro que podemos optar, para aqueles que puderem pagar um pouco a mais por isso, por utilizar sacolas plásticas que sejam menos prejudiciais ao meio, cuja produção seja a partir de fontes renováveis e menos poluentes. Vejo vantagens e desvantagens em todos esses 3 tipos, mas é certo que todos são menos prejudiciais que as sacolas feitas a partir do plástico comum.

É pensar e se conscientizar. A nossa responsabilidade aumenta quando aumenta também o nosso conhecimento sobre o assunto.


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