sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A NOVIDADE VEM DE LONDRES

Li duas matérias bem bacanas vindas de Londres.
A primeira, que reproduzo aqui, é sobre o efeito que as “magrelas” estão tendo na cidade. O volume de bicicletas é tão grande atualmente que já estão pensando em um projeto para construção de uma ciclovia aérea, passando por cima de outras rodovias da cidade. Uma iniciativa com custo previsto bem menor do que o que se gastaria para construção de uma rodovia para carros por exemplo. Ideia muito legal que poderíamos também adotar. Enquanto que aqui no Rio o incentivo ainda é para o uso turístico das magrelas, como o projeto Bike Rio que privilegia a orla e Zona sul do Rio, região turística, em Londres a intenção é melhorar o deslocamento das pessoas por toda a cidade.

"Britânicos planejam Skycycle, uma ciclovia suspensa

Vanessa Barbosa

A falta de espaço nas grandes cidades para construção de vias exclusivas de bicicletas é uma das desculpas mais comuns dadas pelos governantes para justificar a letargia na promoção desse meio de transporte sustentável. Mas um grupo de arquitetos britânicos desenvolveu um projeto que promete mandar para escanteio esse discurso.


Sem carros, sem ônibus, longe de congestionamentos e de todo e qualquer estresse que envolve os deslocamentos diários nos grandes centros urbanos. Garantir tudo isso é a sina do Skycycle, uma via elevada que se assemelha à linha expressa paulistana de ônibus "Fura Fila" - exceto por ser exclusiva para adeptos das magrelas.

Nós escrevemos sobre o Skycycle pela primeira vez em 2012, mas agora os designers por trás do plano - os estúdios Arquitetura Exterior, Foster + Partners, e Sintaxe Espacial - divulgaram novos detalhes.

A rede Skycycle seguiria os serviços ferroviários existentes na cidade e ofereceria mais de 220 quilômetros de vias segregadas seguras, fáceis de serem acessadas em mais de 200 pontos de entrada. Segundo os arquitetos, quase seis milhões de pessoas vivem na área de influência da rede proposta, metade das quais vivem e trabalham a cerca de 10 minutos a pé de cada entrada. Cada rota seria capaz de acomodar até 12 mil ciclistas por hora, melhorando o tempo de viagem em até 29 minutos. 

O sistema de transporte de Londres já está em sua capacidade máxima e enfrenta o desafio de expandir para dar conta do ritmo de crescimento populacional, que será da ordem de 10% na próxima década. A prefeitura da cidade se comprometeu a investir no transporte, e o atendimento às necessidades dos pedestres e ciclistas faz parte do plano.

"Não obstante os benefícios ambientais e de saúde proporcionados pelo ciclismo, a bicicleta é uma forma de uso mais eficiente do espaço limitado de Londres", dizem os arquitetos na página oficial do projeto. "A abordagem Skycycle é revolucionária, e tem aplicações potenciais em cidades ao redor do mundo", complementam.

Durante a última década, o ciclismo cresceu 70 por cento em Londres. No entanto, a bicicleta é o meio usado em apenas 2% de todas as viagens, mas é responsável por 20 por cento das mortes e acidentes graves nas estradas. Com o Skycycle, é possível reforçar um fator chave para estimular o ciclismo, a segurança.

Os primeiros estudos para implantação do sistema indicam que o Skycycle teria um custo muito menor do que a construção de novas estradas e túneis para o transporte rodoviário, de acordo com os estúdios. Além disso, segundo os arquitetos, a via suspensa ajudaria a valorizar áreas de pouco apelo imobiliário, proporcionando oportunidades de desenvolvimento para empresas ao longo do percurso.

A equipe de arquitetos diz que vai continuar a desenvolver os cenários potenciais. O projeto já foi apresentado para o GLA , TfL e Network Rail, empresa que administra o metrô londrino, bem como para desenvolvedores e especailistas no assunto."
Uma outra matéria que li hoje também foi sobre o paredão verde da estação Victoria, onde se inicia a rota turística até o Palácio Real. Diversas espécies de plantas foram plantadas na lateral do prédio com a intenção de permanecerem por todo o ano. Além de frescor também deixa mais bonita a cidade. Uma solução bastante viável para muitos paredões que temos aqui na cidade. Plantando as espécies certas, diminui-se o custo com manutenção além de se garantir que as plantas fiquem verdes e vivas durante o ano todo. Para ambientes rodeados de concretos, essa solução ajudaria muito na manutenção de um clima menos quente.

"Viu a mega parede viva que brotou em Londres?

Vanessa Barbosa


A tradiconal rota turística da estação Victoria até aresidência Real, o Palácio de Buckingham, ganhou uma lufada de ar fresco e uma paisagem tão exuberante e acolhedora quanto incomum para uma cidade cinzenta como Londres. Há poucos dias, uma mega parede viva brotou na fachada de um hotel da região, o Rubens at the Palace.

A parede é a maior já construída na cidade e atinge mais de 21 metros de altura. Ela é composta por mais de 20 espécies de plantas sazonais, incluindo açafrão, morangos, lavanda e gerânios de inverno. Toda seleção visa garantir que a parede "floresça" durante o ano todo.

Carinhosamente apelidada de "Os pulmões verdes de Victoria", o jardim vertical apresenta benefícios ambientais significativos. Além de dar um toque verde e vibrante para a cidade, ele ajuda a melhorar a qualidade do ar para aqueles que trabalham e passam pela área e, de quebra, atrai um pouco da fauna perdida dos centros urbanos, como abelhas, borboletas e pássaros.

De acordo com o designer responsável, Gary Grant, da Green Roof Consultancy, a estrutura também pode contribuir para reduzir o risco de inundações, hoje um desafio para a região, devido à baixa absorção das superfícies urbanas. A ideia é que a estrutura cresça e evolua como um organismo vivo, adquirindo, assim, um formato mais tridimensional.

Hidropônica, a parede é cuidadosamente monitorizada para assegurar que cada parte receba a quantidade certa de água."

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